quinta-feira, 3 de junho de 2010

Palavras, palavras e mais palavras!

ACOMODADO
CONSTRUÍDOS
EXPERIÊNCIA
MARKETING
ACUMULADO
CONTEMPLARIA
EXPRESSIVIDADE
MASSA
ADMINISTRATIVA
CONTINUAR
EXPRESSÕES
MATÉRIA
AGENTES
CONTIVESSE
EXTREMAMENTE
MECÂNICO
AGIR
CONTRÁRIO
EXTREMOS
MICROORGANISMOS
AGRICULTURA
CORPO
FAMÍLIA
MISERÁVEL
ALCANÇAR
CORPORAL
FELIZ
MODIFICAÇÃO
ALGARISMO
CORRERIA
FIELMENTE
MODIFICAÇÕES
ALGUÉM
CORRETAMENTE
FINALIDADE
MODIFICAR
ALTERAÇÕES
CREDIBILIDADE
FINALIZAÇÃO
MOLÉCULAS
ÂNSIA
CRENÇAS
FINANCEIRA
MÓRBIDA
ANULAR
DECENDENTES
FLORESCENTES
MOVIMENTO
APONTADOR
DECISIVO
FLORICULTURAS
MUITÍSSIMO
APRENDENDO
DECISÕES
FOLCLORE
NECESSÁRIO
ARBORETO
DECOMPOSIÇÃO
FORÇA
NECESSIDADE
ARGUMENTATIVO
DEMOCRACIA
FORMADO
NEGÓCIO
ARMAZENADAS
DENOMINADAS
FRUSTRADO
NENHUMA
ARQUIVADAS
DEPENDEM
FRUSTRAR
NUTRICIONAL
ARREMESSADA
DESCALÇO
FURIOSO
OBESIDADE
ARREMESSO
DESIGUAL
FURTIVAMENTE
OBJETIVAMENTE
ASPAS
DESPERDÍCIO
FUSCA
OBJETOS
ASSOCIAÇÕES
DIFICULDADE
GÊNERO
OBRIGATORIEDADE
ÁTOMOS
DIMINUIÇÃO
GERENCIADO
OBSERVADO
ATRITO
DIREÇÃO
GORDURA
OBSERVAMOS
AUSÊNCIA
DISCERNIMENTO
GUARDA-CHUVA
OBSERVANDO
ÁVARO
DISCUSSÕES
HIGIÊNICO
OBSERVAR
AVIÃO
DISPOSIÇÃO
HONESTAMENTE
OCIEDADE
BASQUETE
DISSERTAÇÃO
HÓSPEDES
ÓCIO
BENEFÍCIOS
DISTÂNCIA
HÓSTIA
ORGÂNICOS
CALCULE
DIZEMOS
IDEAL
PÁGINA
CANÁRIOS
DÓLAR
IMAGINÁRIO
PARAQUEDAS
CARACTERÍSTICA
DOMICILIAR
IMÓVEL
PARTÍCULA
CÉLULAS
EDITORIAL
IMPERFEIÇÕES
PEDAGÓGICA
CHORUME
ELABORADA
IMPESSOALIDADE
PENEIRAMENTO
CIÊNCIAS
ELETRICIDADE
INCLUSIVE
PERCENTUAL
CIENTÍFICO
EMBALAGEM
INDEPENDÊNCIA
PERCEPÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
EMPREENDEDOR
INDEPENDENTEMENTE
PERMANECER
COBRE
ENERGIA
INDISCUTÍVEIS
PERSEVERANÇA
COLHEITADEIRA
ENGRADADOS
INÉRCIA
PÉSSIMA
COMPOSTADO
ENTARDECER
INSTANTES
PESSOALIDADE
COMPOSTAGEM
ENTARDECERES
INSTITUIÇÃO
PORÇÃO
COMUNIDADE
EPISÓDIO
INUTILIDADE
PORCENTAGEM
COMUNITÁRIO
ÉPOCA
JOGADOR
POSSIBILIDADE
COMUTATIVA
ESPAÇO
LÁPIS
POSSIBILITAR
CONCLUSÃO
ESPÉCIE
LENTILHA
POSSÍVEL
CONCLUSÕES
ESPESSURA
LIGEIRAMENTE
POSSUEM
CONCRETO
ESTRATÉGIA
LIMITADAS
PRÁTICA
CONFIÁVEL
EVOLUÇÃO
LIXEIRA
PRATICAMENTE
CONFUSÃO
EXAMINAR
LOCALIZAÇÃO
PRECONCEITO
CONSEGUIR
EXCESIVAMETNE
LÓGICA
PREENCHIDO
CONSERVA
EXCETO
LUCIDEZ
PRIMEIRÍSSIMA
CONSIDERADO
EXEMPLO
LÚCIDO
PRINCIPAL
CONSTITUI
EXERCIDO
MADEIRA
PROBLEMAS
CONSTITUIÇÃO
EXCERTO
MAIORIA
CONSTITUÍDAS
EXISTEM
MAMÍFERO
PROCEDIMENTOS
VARIAR
PROCESSO
VÁRIAS
PRODUTIVAMENTE
VAZADO
PRODUTIVIDADE
VELOCIDADE
PROFISSÃO
VÊM
PROLIFERAÇÃO
VESTUÁRIO
PRONOMES
VOLTASSE
PROPORCIONAR
PROPÓSITO
PROPRIEDADE
PRÓPRIO
QUANDO
QUEIXA
RECEBER
RECICLAGEM
RECICLANDO
REFLETIR
REFLEXO
REFRESCAR
REFRESCO
RELIGIÃO
REPOUSO
RESISTÊNCIA
RESULTADO
SÁBIA
SALÁRIO
SANITÁRIOS
SAUDÁVEL
SENSAÇÕES
SIGNIFICAR
SIGNIFICATIVA
SILÊNCIO
SIMPLESMENTE
SÍTIO
SOCIEDADE
SOLITÁRIO
SUBJETIVO
SUBSTÂNCIA
SUCEDIDO
SUPERVISORA
SUSSURRAVA
TAMBÉM
TENDÊNCIA
TENDER
TERMÔMETRO
TEXTUAL
TEXTURA
TIVESSE
TORTURA
TRADICIONALMENTE
TRANSMITI-LA
TRATARIA
TURBULENTO
UTILIZAÇÃO
UTILIZADO

terça-feira, 25 de maio de 2010

Tma da Copa

GRIFFIN - Freedom Give Me Freedom .mp3
Found at bee mp3 search engine

quinta-feira, 20 de maio de 2010

LIÇÃO DE VIDA

Lição de Vida
Autor desconhecido

A história de minha vida começa assim:
Dos 13 aos 40 anos, trabalhei para manter a família que meus pais colocaram no mundo. Pois, apesar de pobres, quase miseráveis, tiveram 14 filhos, sendo que um nasceu e logo morreu (quero dizer, morreu ao nascer.)
Havia entre esses 14 filhos um que era a esperança de nossa vida. Esse irmão tinha um futuro promissor, pois, além de estudar arquitetura, trabalhava com meu pai que era carpinteiro na construção civil. Entretanto o destino nos prega peças que não gostaríamos de nem imaginar. Meu querido e dedicado irmão morreu afogado na Lagoa da Petrobrás aos 26 anos de idade. Esse fato foi o começo do fim.
Esse jovem representava nossa segunda esperança entre os cinco homens. Não devemos deixar de mencionar aqui que haviam outros três filhos, mas estes não serviam para absolutamente nada. A morte desse jovem, em pleno início de vida, foi uma tristeza geral.
Meu pai, homem que, às vezes, pensava no futuro dos filhos (homens) colocou todos eles no Senai. Todos conseguiram, com muito esforço e dedicação, formar em alguma profissão. Mas, até hoje não compreendo por que razão, apenas o mais velho seguiu a profissão de Torneiro mecânico.
A vida mais uma vez veio nos trazer uma decepção. Meu irmão, Torneiro mecânico, casou-se aos 22 anos de idade e foi-se embora levando, mais uma vez, com sua partida, nossa esperança de uma vida melhor. Assim, voltamos à estaca zero.
Meu pai não acreditava na educação das filhas, pois para ele o papel das mulheres era choferar1 fogão. Pensando dessa forma, ele não deixou as meninas estudarem quando eram novas. Não sei porque, mas, o coitado, não teve sorte. Tudo dava errado na vida dele.
Agradeço a Deus por ele nunca ter tido vícios. Era um homem, íntegro, apesar de todo seu modo arcaico de pensar. O fato concreto é que ele não tinha sorte mesmo. Trabalhava duro, foi carpinteiro, ajudou a construir Brasília trabalhando pelas bandas de lá durante 6 anos.
Esse tempo de sua ausência foram seis anos de sofrimento e dor para a família que tentava manter-se de pé com dignidade. Sobreviver enquanto ele estava fora era muito difícil, pois ele raramente nos visitava ou mandava algum dinheiro pelo reembolso.
Choferar: Servir de motorista ou chofer.
Mas um dia Brasília ficou pronta e ele teve que voltar para casa após seis longos anos. Esse espaço de tempo, para nós, parecia sessenta anos. Ele voltou, mas, acreditem vocês ou não, mais pobre do que foi. E, se não bastasse tamanho descontrole financeiro, ainda ficou surdo por causa de uma pane no avião ao pousar no aeroporto de Belo Horizonte.
Meu pai nos deixou aos 96 anos e 5 meses mais pobre do que Jó. Na época de sua morte, ele pagava um aluguel caríssimo, pois não construiu moradia própria. Lembramos aqui o ditado: "Casa de ferreiro, espeto de pau." Foi carpinteiro a vida toda, mas não construi sua própria casa.
Todos os filhos o abandonaram, exceto dois. Não tinha nada na vida a não ser o dia e a noite. Pobre velho!
Voltemos agora ao que interessa: minha história, minha vida. Aos 40 anos meu pai, com ciúmes de mim , e, temendo que eu também abandonasse a família, falou-me assim: "Minha filha, venha cá. Se você não puder ficar sem o seu namorado, junte suas coisas e vá viver com ele." Meu pai não queria perder-me porque eu era como um verdadeiro burro de carga, suportando a família em todas suas horas difíceis.
O que meu pai não sabia é que eu teria coragem para isso. Minha surpresa foi tão grande diante de tal situação que entrei em choque. Meu eu interior deu um passo para trás e se rebelou.
Em silêncio, comecei a comprar minhas coisas. Meu objetivo era montar uma casa para mim e para meu namorado, que não era meu. Durante 4 longos anos, trabalhei para comprar tudo. Esse tempo foi grande porque, além de comprar minhas próprias coisas, tinha que destinar metade do meu salário para a casa de meus pais. Meu salário não era grande coisa. Minhas prestações, muitas, pareciam não ter fim. Paguei tudo durante 36 meses, 9 carnês e muito, muito stress.
Depois de muito esperar, muito trabalhar e muitas prestações pagas, chegou o dia da partida. Esse foi o dia mais difícil de minha vida. Não consegui trabalhar direito o dia todo, pois a ansiedade era sufocante. Até então não falava com meu pai a não ser o necessário. No final do dia de trabalho o procurei e disse: "Pai, lembra-se daquele dia em que o senhor me pegou de surpresa? Agora estou indo embora. Pode ficar sossegado que mandarei o dinheiro do aluguel todos os meses. Farei isto até o senhor arranjar outro emprego que o sustente ou se aposentar". A partir de agora, vejam vocês, eu teria de pagar dois aluguéis.
Além de prometer pagar o aluguel para ele eu também disse-lhe: "Pode ficar com o meu guarda-roupa. Eu comprei outro para mim." Lágrimas abundantes rolaram pelas faces de meu pai, mas ele não pediu-me para ficar (graças a Deus).
Naquele tempo, eu tinha alugado um barracão, mas fiquei por perto a fim de tomar conta dos velhos e do resto de minha família, apesar de não ser lá grande coisa. Eu não tinha objetivo de vida a não ser cuidar de meu velho pai e minha mãe. Após a morte de meu pai, restou-me, de mais importante apenas minha mãe. Mas, ela não teria coragem de abandonar a família para vir morar comigo. Minha mãe preferia comer o pão o que o demônio amassou com o rabo junto com eles. A ideia de abandoná-los não estava em seus planos.
Meu pai era realmente duro. Ele chorou quando eu parti, mas não teve coragem de pedir-me para ficar. Dos 40 aos 55 anos paguei aluguel. Foram, como podem ver, 15 anos. Eu trabalhava 24 horas por dia para sobreviver e ainda ajudava a família, pois meu pai não conseguia emprego devido a sua idade avançada. Minhas noites de sono eram insuficientes, pois, muitas vezes, não conseguia dormir pensando neles.
Depois da tempestade veio a bonança, a borrasca havia passado! Eu e meu namorado, que não era meu, conseguimos fazer uma casa. Nesse meio tempo, minha mãe, após 56 anos de casada, havia deixado o meu pai. Ela vivia um dia aqui e outro ali. Para seu sustento, ela recebia uma pensão de um salário do meu irmão que morrera afogado. Após muita e luta e planejamento, meus irmãos e eu construímos um barracão para ela junto de mim, todavia, uma nova desgraça veio nos abalar. Minha mãe morreu um mês antes de mudar. Ela morreu de tristeza, solidão e abandono. Faltou-nos alicerce familiar.
Quando tudo parecia não poder piorar mais, outro fato veio nos fazer ficar mais tristes: meu pai estava velho e sozinho. Não combinava mais com ninguém, virou um verdadeiro eremita (quer dizer, isolou-se do mundo). Diante dessa situação, veio o Assistente Social e, entre doze irmãos, ele voltou para mim depois de 15 anos.
Ele morava perto da minha casa, não dava trabalho, nem despesas. Estava velho, mais de 80 anos. Todavia era lúcido, normal, sadio, mas eu me preocupava. Sofri um acidente por causa dele, perdi meu emprego, fiquei em tratamento pós-queda por três longos anos. Meu namorado que não era meu, agora juntos há 30 anos, foi-se embora. Fiquei tão só que parecia que não havia mais ninguém no mundo além de mim.
Um dia Deus teve pena de mim e, simplesmente, chamou meu pai para outra dimensão aos 96 anos e 5 meses.
Fiquei terrivelmente só, com uma grande diferença!
Agora o velho sou "EU". E a história se repete...

1. Choferar: Servir de motorista ou chofer.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Folha em branco

Folha em branco

Certo dia um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com certa ansiedade.
Faltavam uns quinze minutos para o encerramento e um jovem levantou o braço e disse:
Professor, pode me dar uma folha em branco?
O professor levou a folha até sua carteira e perguntou-lhe porque queria mais uma folha em branco, e o aluno falou:
Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.
Apesar do pouco tempo que faltava, o professor confiou no rapaz, deu-lhe a folha em branco e ficou torcendo por ele.
A atitude do aluno causou simpatia ao professor que, tempos depois, ainda se lembrava daquele episódio simples, mas significativo.
Assim como aquele aluno, nós também recebemos de Deus, a cada dia, uma nova folha em branco. E muitos de nós só temos feito rabiscos, confusões, tentativas frustradas, e uma confusão danada...
Outros apenas amassam essa nova página e a arremessam na lixeira, preferindo a ociedade, gastando o tempo na inutilidade.
Talvez hoje fosse um bom momento para começar a escrever, nessa nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais feliz.
Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e do esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção e da dedicação de cada um.
Não importa qual seja sua idade, sua condição financeira, sua religião... Tome essa página em branco e passe sua vida a limpo.
Escreva, hoje, um novo capítulo, com letras bem definidas e sem rasuras.
E o principal: que todos possam ler e encontrar lições nobres.
Não se preocupe em tirar nota dez, ser o primeiro em tudo, preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder.
Pense que mesmo não tendo pedido, Deus lhe ofereceu, uma outra folha em branco, que é o dia de hoje.
Por isso, não se permita rabiscar ou escrever bobagens nesta nova página, nem desperdiçá-la.
Aproveite essa nova chance e escreva um capítulo feliz na sua história.
Use as tintas com lucidez e coragem, com discernimento e boa vontade.
Pense nisso!
Autor desconhecido

Sugestão da nossa colega Geralda!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

PALAVRAS DE UMA CRIAÇÃO QUE NÃO NASCEU

PALAVRAS DE UMA CRIANÇA
QUE NÃO NASCEU PARA SUA MÃE
Ontem foi meu aniversário.
Ia completar um mês de idade. Pensei que você fosse me dar uma festinha, como todas as mães fazem para seus filhos.Com muito balão, sorrisos, tios e tias, vovô e vovó. Todo mundo muito orgulhoso com o novo membro da família.
Pensei que eu ganharia do papai um beijo, igual ao que eu gostaria de dar nele. Que poderia sentir seu afago, sua voz rouca e mansa e perceber toda sua alegria ao passar a mão no ventre , mamãe.
Porém, a festinha não foi como esperava. De fato você foi ‘a farmácia e comprou meu presente. Pena que não era este o presente que eu esperava. Ele não fazia barulhinho e nem tinha nada daquelas cores vivas das roupinhas infantis, menos ainda a fofura de um urso de pelúcia. Era de uma cor pálida, fria, sem vida e de uma forma que em nada prometia de alegria. Pena que este presente tenha me tirado a chance de viver.
E você não chorou nem um pouquinho! Por quê, mãe? Por quê logo no dia do meu aniversário? Pensei que fosse ficar feliz com minha chegada! Mas, você não deixou eu caminhar nem a metade... barrou meu caminho. Impediu que eu fosse uma possibilidade. Não permitiu que eu fosse uma expressão de sorriso, um gesto de alegria... Por quê, mãe? Que culpa tenho eu? Que fiz para merecer isto? Que transtorno pude ser capaz de produzir ? Qual foi meu pecado? Por quê, mãe? Por quê, mãe, buscou sujar suas entranhas com algo tão negro, tão sem forma em troca deste ser pequeno, inocente, e com tanta vontade de viver e ser motivo de alegria? Que fiz para ser palco de uma ação homicida? De um juízo tão sem alma ?
Quão grande é minha dor de saber que foram suas mãos que despojaram a vinha fecunda. Em quê, mãe, a glória da esterilidade pode superar o sublime de ser mãe? Todo vazio e aridez de seus olhos se espelham em cada lágrima que minh´alma derrama; e, meu pranto ganha furor por não saber o porquê, mãe.
Eu sabia que, uns meses depois, iria estragar sua elegância. Porém, havia prometido a mim mesmo que, ficaria bem apertadinho, para não prejudicá-la. Eu deixaria para crescer depois que nascesse para o mundo. Eu e você dividíamos um mesmo lugar no mundo. Eu estava feliz junto, bem juntinho de você. Mas prometera que não ficaria muito aqui para não perturbar você e, mais, na doce vã esperança de pensar que seria brindado com muita festa. Por quê, mãe?
Eu estava ansioso para descobrir a luz do lado de fora. Eu ia conhecer o brilho do sol e das estrelas e, principalmente, conhecer o papai e você, mamãe. Sabia que teria de ficar mudo durante alguns meses, até aprender a falar e poder dizer-lhe o tamanho de minha felicidade em tê-la como mãe.
Olhe, nós conversaríamos muito! Quando estivesse triste, faria de tudo para fazer voltar em seus lábios um sorriso. E quando estivesse alegre, faria de tudo para que essa sua alegria fosse eterna.
Sabe, eu planejei tanta coisa! Que queria crescer para plantar no chão de minha existência muitas rosas, para que o perfume delas inibisse essa vontade do homem de achar-se capaz de fabricar e destruir a vida. E então, eu insisto em perguntar : por quê, mãe?
Engraçado, eu pensei que os pais amassem tanto seus filhos, que seriam capazes de dar a própria vida por eles. Porém, você não me deixou viver a vida que mal começara.
Por quê, mãe? Não merecia seu amor? Não merecia dividir com você as alegrias e tristezas? Achou que eu não seria capaz de suportar toda a lida e pena? Por quê fez tão pouco caso de mim?
Por causa disso, todos os planos e sonhos que eu tinha desvaneceram-se. Faço parte do mundo daqueles que nunca falarão da luz, nunca falarão da beleza do amor, nunca sentirão o perfume da rosa e nem o calor do sol. Pior, nunca saberão o sabor de uma lágrima, nunca saberão o calor de um abraço, nunca poderão dizer sobre o cabelo branco do pai, ou mesmo, nunca saberão dizer da zanga preocupada dos pais. Você, mãe, impediu-me tudo isso. Você, mãe, fechou-me todas as portas. Você, mãe, proibiu-me o mundo, cortou minha possibilidade de ser. Por quê, mãe?
Espero que estas minhas palavras tenham chegado ao seu coração e servido para você pensar no que fez, para que não o faça de novo com meus irmãozinhos que estão por vir. E, sabe mãe? Eu estarei em cada um deles. Você me verá em cada um deles. Isto, mãe, eu não posso impedir. Quisera poder ter este poder de fazê-la esquecer seu gesto. Todo meu amor por você não é suficiente para desmanchar a história que você construiu. Lamento que seja uma página de pedra grafada a fogo. Pudera todo amor que tenho por você fosse suficiente para apagar de sua memória sua opção de hoje.
Tchau, mãezinha...
E tenha certeza de que, apesar de tudo, eu a perdôo e amo muito.
Adaptação feita pelo professor Dely Américo Araújo do texto publicado na revista Pais e Filhos – agosto 1999)

sábado, 17 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pobre ou Rico?

Um dia, um pai, grande empresário, de família muitíssimo rica, levou seu filho de seis anos para viajar até um lugarejo, com o firme propósito de mostrar ao menino como é que pessoas tão pobres podem viver em um mundo onde só ricos e poderosos têm vez e voz.
Passaram dois dias e duas noites no sítio de uma família muito pobrezinha... Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
_ E aí, filhão, como foi a viagem para você?
_ Muita boa papai - respondeu o pequeno.
_ Você viu, filho, como as pessoas pobres podem ser?
_ Sim, pai - retrucou o filho, pensativamente.
_ E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão pobre?
O menino respondeu:
_ É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa; eles têm quatro.
Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com florescentes; eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o protão de entrada; eles têm uma floresta inteira.
Nós temos alguns canários que, por cima de tudo, vivem presos em uma gaiola; eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas.
_ Nossa comida é toda industrializada e a maioria das vezes congelada; a deles e pescada no riacho, colhida na horta ou pegada no terreiro; enfim papai, a alimentação deles é saudável, enquanto a nossa, não.
E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição; nós, aqui em casa, sentamo-nos à mesa falando de etiquetas, negócios, cotação do dólar, eventos sociais, comemos, empurramos o prato e pronto!
_ No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e orou agradecendo a Deus, tudo, inclusive a nossa visita à casa deles; nós, aqui em casa, vamos para o quarto, deitamos, vemos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormir na rede do Tonho, enquanto ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós, enquanto aqui na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquale quarto onde guardamos entulhos, coitada, sem nenhum conforto, ao passo que temos camas macias e cheirosas sobrando. Mas fazer o que não é pai, se elas são só para aqueles hóspedes chatos e gananciosos que sempre vêm nos visitar?
À medida que o pequeno garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça, envergonhado.
E o filho, na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
_ Obrigado, papai, por me haver mostrado o quanot "pobres e mesquinhos" nós somos!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

I want to know what love is (Quero saber o que é o amor)


I Wanna Know What Love Is


Mariah Carey

I gotta take a little time
A little time to think things over
I better read between the lines
In case I need it when I'm older
In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
I can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
Gonna take a little time
A little time to look around me
I've got nowhere left to hide
It looks like love has finally found me
In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
I can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
(I wanna know)
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Compostagem: Reduzindo o lixo caseiro!



I) Como compostar o lixo orgânico, mesmo em pequenos apartamentos


a) A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.
b) Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.
c) No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar neste processo?
d) Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar desse resíduos; nós em casa podemos começar simplesmente tentando diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só é possível isto em casas onde o lixo é separado.
e) Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os engradados de pvc (lembra das caixas plásticas usadas em supermercados para o transporte das compras?). Com dois ou três engradados podemos montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço. Vamos ver isto passo-a-passo:
















Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço)
1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.
2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.
3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.
4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).
5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.
6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.
7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente. O que fazer quando a composteira está cheia ?
8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.
Onde colocar a composteira
10. A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a comnpostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato com o chorume.
11. Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto ou tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde possamos encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno (furo) no fundo e então podemos preencher metade da altura com carvão vegetal (aquele que compramos para fazer churrasco) e logo por cima despejamos a mesma quantidade de brita, e por cima da brita acomodamos os engradados. Desta forma o eventual chorume escorre pela brita até a camada de carvão onde é desodorizado e ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na sacada ou na área de serviço. Para composteiras feitas diretamente na terra este problema praticamente não existe já que o solo absorve o chorume. O que pode ser compostado e como usar o composto gerado
12. Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem. Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos restos de comida, um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo com sabedoria.
13. A compostagem de resíduos sanitários (papel higiênico, fraldas, absorventes,...) fica reservada para experts em compostagem, quem sabe um dia!
14. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira. Devemos repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e depois de um ou dois anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale para todas as plantas). Em gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no final do inverno e nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na superfície da terra uma colher de sopa bem cheia de composto, misturada com uma colher de cafezinho, de farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou compre uma de boa qualidade). Vale lembrar que plantas aromáticas gostam de solos bem drenados e com pouco composto (use a farinha de osso nestas plantas também).
15. Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos. Se a família dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais convencional de composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem empilhados podem gerar uma ótima composteira mas por segurança podemos uní-los com cimento ou barro bem amassado. Composteiras de quintal devem ser feitas uma ao lado da outra formando compartimentos que vão sendo preenchidos com resíduos orgânicos um de cada vez. Assim, as minhocas vão reciclando o material a cada compartimento preenchido, seguindo o mesmo procedimento anterior.
16. Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza com os muitos tipos de pequenos animais e fungos que surgirão junto com as minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros, pequenas aranhas e tantos outros animais do composto são essenciais para este processo, eles formam um pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o tempo. Até as formigas ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?) um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa? Boa sorte!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Águia ou Galinha?


ÁGUIA OU GALINHA?


Um certo homem, enquanto caminhava por uma floresta, encontrou um filhote de águia, machucado e desprotegido. Levou-o para casa, colocou-o no seu galinheiro, onde ele cresceu e aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar como elas.
Um dia, um biólogo que ia passando por ali, perguntou-lhe por que uma águia, a rainha de todos os pássaros, deveria ser condenada a viver no galinheiro como as galinhas.
"- Depois que lhe dei comida de galinha e a eduquei para ser uma galinha ela não mais se comporta como águia, portanto ela não é mais uma águia."
"- Mas – insistiu o biólogo – ela tem coração de águia e certamente poderá aprender a voar ."
Depois de falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em tentar mudar o comportamento da águia. Cuidadosamente, o cientista pegou a águia nos braços e disse: "Você pertence ao céus e não à terra: bata bem as asas e voe!"
A águia, entretanto, estava confusa; não sabia quem era e, vendo as galinhas comendo, pulou para ir juntar- se a elas. Inconformado, o biólogo levou a águia, no dia seguinte para uma alta montanha. Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto e encorajou-a de novo, dizendo:
Você é uma águia. Você pertence ao céu e à terra.
Bata bem as asas, agora, e voe!
A águia olhou em torno, olhou para o galinheiro e o céu. Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na direção do sol e a águia começou a tremer e, lentamente, abriu as asas. Finalmente, levantou vôo para o céu.
Pode ser que a águia ainda se lembre das galinhas, com saudades; pode ser que ainda, ocasionalmente, torne a visitar um galinheiro. Mas até onde foi possível saber, nunca mais voltou a viver como galinha. Ela era uma águia, embora tivesse sido mantida e domesticada como galinha.
Será que, sendo águias, muitas vezes não estamos vivendo entre galinhas e agindo como galinhas?



A maneira egípcia de multiplicar

Curiosidade matemática

A maneira egípcia de multiplicar

Os egípcios faziam qualquer multiplicação usando apenas as multiplicações por 2. Por exemplo, eles calculavam 34 X 135 da seguinte maneira:
Escreviam o 135 ao lado do 1.
Multiplicavam por 2, sucessivamente, os números de ambas as colunas, até que o número da coluna 1 não ultrapassasse 34.
Em seguida, assinalavam na coluna do 1 os números cuja soma fosse 34. No exemplo, são o 2 e o 32 (2 + 32 = 34).
Somavam os números da coluna do 135 correspondentes aos assinalados na coluna do 1.

1 135
2 270
4 540
8 1080
16 2160
32 4320

4.320
+ 270
______
4590

Pivete

PIVETE

Minha mãe é esta rua
o meu pai já deu o fora,
corro nú de pés descalços,
à procura de uma história.

Trago em mim a dor maldita,
de ser um pária, ser escória,
não conheço ainda a vida,
mas vejo nela a minha escola.

Não entendo meu delito,
nem que crime cometi,
por roubar as suas sobras,
para suprir minhas faltas aqui.

Não me veja como imundo,
ou criaturinha mal criada,
sou apenas uma criança,
que queria ser amada.

Queria poder gozar
a alegria de viver,
correr com suas crianças,
e sem fome poder crescer.

Me ajude, sou peregrino neste chão,
réu deste sistema, maldito como cão
mas sou teu irmão, não me ignores
mas, por Deus, estenda-me a tua mão.

TACCHI, Glaucio. Como eu te amo, 1998

sexta-feira, 26 de março de 2010

O ''V'' dos gansos : Exemplo de trabalho em equipe
Fabrício Jesus da Silva

No outono,quando se vê bandos de gansos voando rumo ao Sul, formando um grande “V” no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada um bate as asas move o ar para cima ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás, a resistência do ar diminui para cada ganso a medida que mais longe fica do cume. Em geral, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha.
Pessoas que têm a mesma direção e sentido de equipe podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil pois se beneficiam do impulso mútuo.
Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra novamente em formação.
Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-nos-íamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.
Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso líder assume a liderança. Assim todos se ajudam de forma a garantir a sustentabilidade até o seu destino final.
Todos têm seu papel definido, ficando para os gansos de trás o trabalho de gritar encorajando os da frente para que mantenha a velocidade.
Quando um ganso adoece ou é ferido, deixa o grupo, dois outros saem da formação e o seguem para ajuda-lo e protege-lo.
Chego a conclusão que o vôo dos gansos rumo ao Sul no outono é um grande exemplo de trabalho em equipe onde todos têm o mesmo objetivo, meta e compromisso com o sucesso.

Sobre o autor:Fabrício Jesus da Silva é Bacharel em Ciência da Computação,MBA pela FGV em E-Business .

O preço do amor...

O preço do amor...

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu:
- Cortar a grama do jardim: R$3,00
- Por limpar meu quarto esta semana R$1,00
- Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00
- Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia àscompras R$2,00
- Por tirar o lixo toda semana R$1,00
- Por ter um boletim com boas notas R$5,00
- Por limpar e varrer o quintal R$2,00
- TOTAL DA DIVIDA R$16,00
A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:
- Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - NADA
- Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - NADA
- Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - NADA
- Pelo medo e pelas preocupações que me esperam -NADA
- Por comidas, roupas e brinquedos - NADA
- Por limpar-te o nariz - NADA
- CUSTO TOTAL DE MEU AMOR - NADA
Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas. Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!!!" Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letra enorme:
"TOTALMENTE PAGO".
Assim somos nós adultos, como crianças, querendor recompensa por boas ações que fazemos.
É difícil entender que a melhor recompensa é o AMOR que vem de Deus.
E para nossa sorte é GRATIS. Basta querermos recebê-lo em nossas vidas!
Que DEUS, abençôe todos vocês no dia de hoje (e sempre), e não devemos esquecer do AMOR universal que nos é cedido pelo PAI ! Autor Desconhecido

quinta-feira, 25 de março de 2010

Filhos do Paraíso

FILHOS DO PARAÍSO (CHILDREN OF HEAVEN)
Audio: Persa
Legenda: Português
Indicado para o OSCAR de Melhor Filme Estrangeiro 99

SINOPSE
Na periferia de Teerã, Ali Madegar, um garoto pobre de nove anos, vai buscar no conserto os sapatos de sua irmã caçula, Zahra, e os perde ao passar em um armazém. Sem dinheiro para comprar outro e com medo de contar para o pai, ele decide revezar seu par de tênis com a menina (que estuda em horário diferente) para ir à escola. A chance para conseguir um novo par de tênis pode ser uma maratona intercolegial que dará um tênis novo ao terceiro colocado. Ali entra na corrida tentando desesperadamente ganhar o terceiro lugar.
Nada mais, só o terceiro lugar!

CAPÍTULOS
1. Créditos Iniciais
2. Perdendo o sapato
3. Contando para a irmã
4. Problemas com o aluguel
5. Vergonha do tênis velho
6. Lavando o tênis
7. Tênis cai no esgoto
8. Aviso do supervisor
9. Ajudando os amigos
10. Encontrando o sapato perdido
11. Ajuda do professor
12. Desistindo de recuperar o sapato
13. Procurando emprego
14. Acidente de bicicleta
15. Perdendo a caneta
16. O sapato vai para o lixo
17. Pedindo uma chance para correr
18. O dia da corrida
19. Novos sapatos
20. Créditos finais




Casais Inteligentes Enriquecem Juntos

Introdução: Casais Inteligentes Enriquecem Juntos

Grande parte dos problemas de relacionamento entre marido e mulher começa no dinheiro – no excesso ou na falta dele. Quando a renda do casal não dá conta dos gastos do mês, o dia-a-dia tende a uma desagradável monotonia e qualquer proposta mais romântica que envolva gastos é cortada pela raiz. As dificuldades decorrentes dessa escassez geram conflitos entre os cônjuges, que nem sempre percebem que o problema é financeiro.
O grande charme do dinheiro está no fato de ele raramente se mostrar como o vilão da história. Se não há dinheiro para um jantar romântico, o problema é percebido como falta de romantismo; se não há dinheiro para renovar o guarda-roupa, o problema é percebido como desleixo; se não há dinheiro para levar as crianças ao parque, o problema é percebido como falta de carinho. Essas situações encobrem um erro comum: a inabilidade de lidar com o dinheiro ou em torná-lo suficiente.
Por outro lado, quando a renda do casal é maior, raramente marido e mulher chegam a um acordo sobre seus hábitos de consumo e sobre a melhor maneira de administrar as finanças, o que também origina conflitos. Um reclama dos hábitos perdulários do outro, que, por sua vez, acha que muitas conquistas familiares estão sendo adiadas em razão dos desperdícios do parceiro. E os motivos para confrontos e discussões explosivas vão se acumulando.
O problema é que não se conversa a dois sobre dinheiro de forma preventiva, mas só quando a bomba já estourou e a briga se torna inevitável. Em questões de dinheiro, as pessoas procuram ajuda quando custará muito mais caro buscar a solução. E aí pode ser tarde demais para salvar o relacionamento.
Uma pesquisa divulgada na revista Você S/A de junho de 2004, feita com 150 pessoas casadas, revela que 38% delas assumem que brigam em casa por causa de dinheiro. A publicação destaca que esse número não leva em consideração que casais que estão em rota de colisão mas preferem fingir que tudo anda bem. As principais razões apontadas para as brigas são falta de dinheiro e despesas excessivas do cônjuge. Os homens em geral discordam das decisões de compra das mulheres, enquanto elas questionam as opções deles de aplicação do dinheiro. (...)
Administrar bem o relacionamento conjugal requer certa habilidade e paciência. O que muitos apaixonados às vezes demoram a perceber é que gerenciar as finanças do casal também requer essas e outras virtudes. Administrar bem tanto o dinheiro quanto o amor, então, pode ser um verdadeiro desafio. Por isso proponho neste livro meios para cuidar bem das finanças do relacionamento, tratando dos aspectos mais racionais da vida a dois.

CERBASI, Gustavo. Casais inteligentes enriquecem juntos. São Paulo:
Editora Gente, 2004.
A LOJA DE DEUS

Entrei e vi um anjo no balcão. Maravilhado, disse-lhe:
Santo anjo do Senhor, o que vendes?
Respondeu-me:
Todos os dons de Deus.
Perguntei-lhe:
Custa muito?
Respondeu-me:
Não, é tudo de graça.
Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes com amor. Tomei coragem e lhe pedi:
Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.
Então, o anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho tão pequeno que cabia na palma da minha mão.
Maravilhado, mais uma vez, perguntei-lhe:
É possível tudo estar aqui?
O Anjo respondeu-me sorrindo:
Meu querido irmão, na Loja de Deus não vendemos frutos, apenas sementes.
Autor desconhecido.

A arte de investir: Qualidades do bom investidor

A arte de investir – Qualidades do bom investidor
Perseverança
Quem vive ou viveu do campo – repito, do campo, e não simplesmente no campo – sabe exatamente o significado da palavra perseverança. Tipicamente sereno, o agricultor é aquele que acaricia a terra com a mesma ternura que dedica a sua amada, planta com zelo grãos aparentemente insignificantes e inertes, irriga sua lavra com a inspiração de quem educa um filho, e colhe com respeito e profundo agradecimento a Deus, como se a obra de seu suor fosse uma bênção divina. Por mais que esse processo demore meses, são meses de carinho pela sua riqueza.
Nem todos que plantam conseguem tirara da terra o que esperam. Nem todos obtêm a mesma produtividade de grãos idênticos. Plantar, simplesmente, não assegura a colheita. Pragas podem atacar a terra, predadores podem devorar a safra, vândalos podem provocar incêndios e a providência divina pode trazer secas e temporais. O agricultor não é ingênuo; ele sabe que essas ameaças existem. Ele planta com risco, sabendo que risco não se evita, mas sim, se administra. E a sabedoria, provavelmente passada de geração em geração, o ajuda a administrar bem seu risco. Se perde a safra em razão de um desastre, reúne a família, expõe o momento de sacrifício, pede a proteção de Deus e começa a preparar a terra para o próximo plantio. Sua cartilha diz que, depois da tempestade, vem a bonança. É o plantar com perseverança que conduz a montanhas de sacas saudáveis na hora da colheita, mesmo que a colheita não seja tão frequente quanto em seus mais inspirados sonhos.
O investidor iniciante é como o jovem agricultor, sem ferramentas, sem conhecimento, diante de um enorme pasto fértil, mas sem saber por onde começar. Ao buscar orientação, especialistas propõem o uso de ferramentas, a consulta a instituições que parecem distantes e cuidado com fatores externos. Mas o que não falta é má notícia sobre os tais fatores externos: em todos os cantos do país, alguém está sofrendo com o tempo turbulento. Mas quem, com todas as suas dúvidas e inspirações, parte para limpar sua roça, eliminar as ervas daninhas, começar a semear o que tem e com o que tem, tudo com muito carinho e foco no futuro, em pouco tempo estará dando um passo a mais.
Investir nada mais é do que plantar pés de dinheiro. Não espere ter uma fazenda, um trator potente e uma colheitadeira para começar a plantar. Dê aos poucos grãos que você tem em mãos a mesma importância que daria a sacas sendo despejadas de um caminhão. Se tem pouco para investir, comece com o que tem, mas plante com consistência. Imagine cada centavo investido hoje como se fosse uma semente de pé de dinheiro plantada. Mesmo que comece com pouco, cada centavo "plantado" irá se multiplicar por muitos anos. Quanto mais tempo tiver pela frente, mais seus pés de dinheiro se multiplicarão em tamanho, crescendo no ritmo dos rendimentos de seu investimento. Enquanto não colher os frutos de suas árvores de dinheiro (os rendimentos), sua plantação continuará se auto-semeando e dando origem a novos pés de dinheiro. Diferentemente dos frutos gerados por árvores comuns, aqueles gerados por árvores de dinheiro não apodrecem. Eles sempre são replantados para gerar mais frutos no futuro.
Mesmo que acidentes o impeçam de plantar durante alguma fase de sua vida, ou o obriguem a antecipar a colheita de parte de sua plantação, você estará feliz de ter de onde tirar, e os rendimentos dos pés plantados no passado se encarregarão de continuar plantando e multiplicando sua riqueza. Na pior das hipóteses, lhe será imposta a necessidade de plantar novamente, mas será uma plantação com mais conhecimento e maturidade do que a anterior. Um dia, chegará o momento em que você poderá passar a viver apenas dos frutos de seus pés de dinheiro, pois eles podem vir a ser suficientes para manter seu padrão de vida. Isso é a chamada independência financeira.

CERBASI, Gustavo. Investimentos inteligentes: para conquistar e
multiplicar o seu primeiro milhão. Rio de Janeiro: Thomas
Nelson Brasil, 2008.