sexta-feira, 30 de abril de 2010

Folha em branco

Folha em branco

Certo dia um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com certa ansiedade.
Faltavam uns quinze minutos para o encerramento e um jovem levantou o braço e disse:
Professor, pode me dar uma folha em branco?
O professor levou a folha até sua carteira e perguntou-lhe porque queria mais uma folha em branco, e o aluno falou:
Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.
Apesar do pouco tempo que faltava, o professor confiou no rapaz, deu-lhe a folha em branco e ficou torcendo por ele.
A atitude do aluno causou simpatia ao professor que, tempos depois, ainda se lembrava daquele episódio simples, mas significativo.
Assim como aquele aluno, nós também recebemos de Deus, a cada dia, uma nova folha em branco. E muitos de nós só temos feito rabiscos, confusões, tentativas frustradas, e uma confusão danada...
Outros apenas amassam essa nova página e a arremessam na lixeira, preferindo a ociedade, gastando o tempo na inutilidade.
Talvez hoje fosse um bom momento para começar a escrever, nessa nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais feliz.
Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e do esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção e da dedicação de cada um.
Não importa qual seja sua idade, sua condição financeira, sua religião... Tome essa página em branco e passe sua vida a limpo.
Escreva, hoje, um novo capítulo, com letras bem definidas e sem rasuras.
E o principal: que todos possam ler e encontrar lições nobres.
Não se preocupe em tirar nota dez, ser o primeiro em tudo, preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder.
Pense que mesmo não tendo pedido, Deus lhe ofereceu, uma outra folha em branco, que é o dia de hoje.
Por isso, não se permita rabiscar ou escrever bobagens nesta nova página, nem desperdiçá-la.
Aproveite essa nova chance e escreva um capítulo feliz na sua história.
Use as tintas com lucidez e coragem, com discernimento e boa vontade.
Pense nisso!
Autor desconhecido

Sugestão da nossa colega Geralda!!!

terça-feira, 20 de abril de 2010

PALAVRAS DE UMA CRIAÇÃO QUE NÃO NASCEU

PALAVRAS DE UMA CRIANÇA
QUE NÃO NASCEU PARA SUA MÃE
Ontem foi meu aniversário.
Ia completar um mês de idade. Pensei que você fosse me dar uma festinha, como todas as mães fazem para seus filhos.Com muito balão, sorrisos, tios e tias, vovô e vovó. Todo mundo muito orgulhoso com o novo membro da família.
Pensei que eu ganharia do papai um beijo, igual ao que eu gostaria de dar nele. Que poderia sentir seu afago, sua voz rouca e mansa e perceber toda sua alegria ao passar a mão no ventre , mamãe.
Porém, a festinha não foi como esperava. De fato você foi ‘a farmácia e comprou meu presente. Pena que não era este o presente que eu esperava. Ele não fazia barulhinho e nem tinha nada daquelas cores vivas das roupinhas infantis, menos ainda a fofura de um urso de pelúcia. Era de uma cor pálida, fria, sem vida e de uma forma que em nada prometia de alegria. Pena que este presente tenha me tirado a chance de viver.
E você não chorou nem um pouquinho! Por quê, mãe? Por quê logo no dia do meu aniversário? Pensei que fosse ficar feliz com minha chegada! Mas, você não deixou eu caminhar nem a metade... barrou meu caminho. Impediu que eu fosse uma possibilidade. Não permitiu que eu fosse uma expressão de sorriso, um gesto de alegria... Por quê, mãe? Que culpa tenho eu? Que fiz para merecer isto? Que transtorno pude ser capaz de produzir ? Qual foi meu pecado? Por quê, mãe? Por quê, mãe, buscou sujar suas entranhas com algo tão negro, tão sem forma em troca deste ser pequeno, inocente, e com tanta vontade de viver e ser motivo de alegria? Que fiz para ser palco de uma ação homicida? De um juízo tão sem alma ?
Quão grande é minha dor de saber que foram suas mãos que despojaram a vinha fecunda. Em quê, mãe, a glória da esterilidade pode superar o sublime de ser mãe? Todo vazio e aridez de seus olhos se espelham em cada lágrima que minh´alma derrama; e, meu pranto ganha furor por não saber o porquê, mãe.
Eu sabia que, uns meses depois, iria estragar sua elegância. Porém, havia prometido a mim mesmo que, ficaria bem apertadinho, para não prejudicá-la. Eu deixaria para crescer depois que nascesse para o mundo. Eu e você dividíamos um mesmo lugar no mundo. Eu estava feliz junto, bem juntinho de você. Mas prometera que não ficaria muito aqui para não perturbar você e, mais, na doce vã esperança de pensar que seria brindado com muita festa. Por quê, mãe?
Eu estava ansioso para descobrir a luz do lado de fora. Eu ia conhecer o brilho do sol e das estrelas e, principalmente, conhecer o papai e você, mamãe. Sabia que teria de ficar mudo durante alguns meses, até aprender a falar e poder dizer-lhe o tamanho de minha felicidade em tê-la como mãe.
Olhe, nós conversaríamos muito! Quando estivesse triste, faria de tudo para fazer voltar em seus lábios um sorriso. E quando estivesse alegre, faria de tudo para que essa sua alegria fosse eterna.
Sabe, eu planejei tanta coisa! Que queria crescer para plantar no chão de minha existência muitas rosas, para que o perfume delas inibisse essa vontade do homem de achar-se capaz de fabricar e destruir a vida. E então, eu insisto em perguntar : por quê, mãe?
Engraçado, eu pensei que os pais amassem tanto seus filhos, que seriam capazes de dar a própria vida por eles. Porém, você não me deixou viver a vida que mal começara.
Por quê, mãe? Não merecia seu amor? Não merecia dividir com você as alegrias e tristezas? Achou que eu não seria capaz de suportar toda a lida e pena? Por quê fez tão pouco caso de mim?
Por causa disso, todos os planos e sonhos que eu tinha desvaneceram-se. Faço parte do mundo daqueles que nunca falarão da luz, nunca falarão da beleza do amor, nunca sentirão o perfume da rosa e nem o calor do sol. Pior, nunca saberão o sabor de uma lágrima, nunca saberão o calor de um abraço, nunca poderão dizer sobre o cabelo branco do pai, ou mesmo, nunca saberão dizer da zanga preocupada dos pais. Você, mãe, impediu-me tudo isso. Você, mãe, fechou-me todas as portas. Você, mãe, proibiu-me o mundo, cortou minha possibilidade de ser. Por quê, mãe?
Espero que estas minhas palavras tenham chegado ao seu coração e servido para você pensar no que fez, para que não o faça de novo com meus irmãozinhos que estão por vir. E, sabe mãe? Eu estarei em cada um deles. Você me verá em cada um deles. Isto, mãe, eu não posso impedir. Quisera poder ter este poder de fazê-la esquecer seu gesto. Todo meu amor por você não é suficiente para desmanchar a história que você construiu. Lamento que seja uma página de pedra grafada a fogo. Pudera todo amor que tenho por você fosse suficiente para apagar de sua memória sua opção de hoje.
Tchau, mãezinha...
E tenha certeza de que, apesar de tudo, eu a perdôo e amo muito.
Adaptação feita pelo professor Dely Américo Araújo do texto publicado na revista Pais e Filhos – agosto 1999)

sábado, 17 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pobre ou Rico?

Um dia, um pai, grande empresário, de família muitíssimo rica, levou seu filho de seis anos para viajar até um lugarejo, com o firme propósito de mostrar ao menino como é que pessoas tão pobres podem viver em um mundo onde só ricos e poderosos têm vez e voz.
Passaram dois dias e duas noites no sítio de uma família muito pobrezinha... Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
_ E aí, filhão, como foi a viagem para você?
_ Muita boa papai - respondeu o pequeno.
_ Você viu, filho, como as pessoas pobres podem ser?
_ Sim, pai - retrucou o filho, pensativamente.
_ E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão pobre?
O menino respondeu:
_ É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa; eles têm quatro.
Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com florescentes; eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o protão de entrada; eles têm uma floresta inteira.
Nós temos alguns canários que, por cima de tudo, vivem presos em uma gaiola; eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas.
_ Nossa comida é toda industrializada e a maioria das vezes congelada; a deles e pescada no riacho, colhida na horta ou pegada no terreiro; enfim papai, a alimentação deles é saudável, enquanto a nossa, não.
E além do mais papai, observei que eles oram antes de qualquer refeição; nós, aqui em casa, sentamo-nos à mesa falando de etiquetas, negócios, cotação do dólar, eventos sociais, comemos, empurramos o prato e pronto!
_ No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e orou agradecendo a Deus, tudo, inclusive a nossa visita à casa deles; nós, aqui em casa, vamos para o quarto, deitamos, vemos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormir na rede do Tonho, enquanto ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós, enquanto aqui na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquale quarto onde guardamos entulhos, coitada, sem nenhum conforto, ao passo que temos camas macias e cheirosas sobrando. Mas fazer o que não é pai, se elas são só para aqueles hóspedes chatos e gananciosos que sempre vêm nos visitar?
À medida que o pequeno garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça, envergonhado.
E o filho, na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
_ Obrigado, papai, por me haver mostrado o quanot "pobres e mesquinhos" nós somos!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

I want to know what love is (Quero saber o que é o amor)


I Wanna Know What Love Is


Mariah Carey

I gotta take a little time
A little time to think things over
I better read between the lines
In case I need it when I'm older
In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
I can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
Gonna take a little time
A little time to look around me
I've got nowhere left to hide
It looks like love has finally found me
In my life there's been heartache and pain
I don't know if I can face it again
I can't stop now, I've traveled so far
To change this lonely life
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
(I wanna know)
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Compostagem: Reduzindo o lixo caseiro!



I) Como compostar o lixo orgânico, mesmo em pequenos apartamentos


a) A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.
b) Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.
c) No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país. Mas o que nós cidadãos podemos fazer em nossas casas para colaborar neste processo?
d) Uma coisa muito boa que podemos fazer em nossas casas e apartamentos é a compostagem. Diferentemente dos agricultores que precisam de adubos para os seus cultivos ou das prefeituras que precisam se livrar desse resíduos; nós em casa podemos começar simplesmente tentando diminuir a quantidade de lixo orgânico emitido para a prefeitura. É claro que só é possível isto em casas onde o lixo é separado.
e) Entre os muitos modelos de composteira existentes, destacamos os engradados de pvc (lembra das caixas plásticas usadas em supermercados para o transporte das compras?). Com dois ou três engradados podemos montar uma sistema de compostagem bem eficiente e que não ocupa muito espaço. Vamos ver isto passo-a-passo:
















Como montar a composteira em espaços mínimos (sacadas e áreas de serviço)
1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.
2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.
3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.
4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).
5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.
6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.
7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente. O que fazer quando a composteira está cheia ?
8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.
Onde colocar a composteira
10. A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a comnpostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato com o chorume.
11. Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto ou tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde possamos encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno (furo) no fundo e então podemos preencher metade da altura com carvão vegetal (aquele que compramos para fazer churrasco) e logo por cima despejamos a mesma quantidade de brita, e por cima da brita acomodamos os engradados. Desta forma o eventual chorume escorre pela brita até a camada de carvão onde é desodorizado e ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na sacada ou na área de serviço. Para composteiras feitas diretamente na terra este problema praticamente não existe já que o solo absorve o chorume. O que pode ser compostado e como usar o composto gerado
12. Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem. Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos restos de comida, um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo com sabedoria.
13. A compostagem de resíduos sanitários (papel higiênico, fraldas, absorventes,...) fica reservada para experts em compostagem, quem sabe um dia!
14. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira. Devemos repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e depois de um ou dois anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale para todas as plantas). Em gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no final do inverno e nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na superfície da terra uma colher de sopa bem cheia de composto, misturada com uma colher de cafezinho, de farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou compre uma de boa qualidade). Vale lembrar que plantas aromáticas gostam de solos bem drenados e com pouco composto (use a farinha de osso nestas plantas também).
15. Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos. Se a família dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais convencional de composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem empilhados podem gerar uma ótima composteira mas por segurança podemos uní-los com cimento ou barro bem amassado. Composteiras de quintal devem ser feitas uma ao lado da outra formando compartimentos que vão sendo preenchidos com resíduos orgânicos um de cada vez. Assim, as minhocas vão reciclando o material a cada compartimento preenchido, seguindo o mesmo procedimento anterior.
16. Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza com os muitos tipos de pequenos animais e fungos que surgirão junto com as minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros, pequenas aranhas e tantos outros animais do composto são essenciais para este processo, eles formam um pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o tempo. Até as formigas ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?) um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa? Boa sorte!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Águia ou Galinha?


ÁGUIA OU GALINHA?


Um certo homem, enquanto caminhava por uma floresta, encontrou um filhote de águia, machucado e desprotegido. Levou-o para casa, colocou-o no seu galinheiro, onde ele cresceu e aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar como elas.
Um dia, um biólogo que ia passando por ali, perguntou-lhe por que uma águia, a rainha de todos os pássaros, deveria ser condenada a viver no galinheiro como as galinhas.
"- Depois que lhe dei comida de galinha e a eduquei para ser uma galinha ela não mais se comporta como águia, portanto ela não é mais uma águia."
"- Mas – insistiu o biólogo – ela tem coração de águia e certamente poderá aprender a voar ."
Depois de falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em tentar mudar o comportamento da águia. Cuidadosamente, o cientista pegou a águia nos braços e disse: "Você pertence ao céus e não à terra: bata bem as asas e voe!"
A águia, entretanto, estava confusa; não sabia quem era e, vendo as galinhas comendo, pulou para ir juntar- se a elas. Inconformado, o biólogo levou a águia, no dia seguinte para uma alta montanha. Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto e encorajou-a de novo, dizendo:
Você é uma águia. Você pertence ao céu e à terra.
Bata bem as asas, agora, e voe!
A águia olhou em torno, olhou para o galinheiro e o céu. Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na direção do sol e a águia começou a tremer e, lentamente, abriu as asas. Finalmente, levantou vôo para o céu.
Pode ser que a águia ainda se lembre das galinhas, com saudades; pode ser que ainda, ocasionalmente, torne a visitar um galinheiro. Mas até onde foi possível saber, nunca mais voltou a viver como galinha. Ela era uma águia, embora tivesse sido mantida e domesticada como galinha.
Será que, sendo águias, muitas vezes não estamos vivendo entre galinhas e agindo como galinhas?



A maneira egípcia de multiplicar

Curiosidade matemática

A maneira egípcia de multiplicar

Os egípcios faziam qualquer multiplicação usando apenas as multiplicações por 2. Por exemplo, eles calculavam 34 X 135 da seguinte maneira:
Escreviam o 135 ao lado do 1.
Multiplicavam por 2, sucessivamente, os números de ambas as colunas, até que o número da coluna 1 não ultrapassasse 34.
Em seguida, assinalavam na coluna do 1 os números cuja soma fosse 34. No exemplo, são o 2 e o 32 (2 + 32 = 34).
Somavam os números da coluna do 135 correspondentes aos assinalados na coluna do 1.

1 135
2 270
4 540
8 1080
16 2160
32 4320

4.320
+ 270
______
4590

Pivete

PIVETE

Minha mãe é esta rua
o meu pai já deu o fora,
corro nú de pés descalços,
à procura de uma história.

Trago em mim a dor maldita,
de ser um pária, ser escória,
não conheço ainda a vida,
mas vejo nela a minha escola.

Não entendo meu delito,
nem que crime cometi,
por roubar as suas sobras,
para suprir minhas faltas aqui.

Não me veja como imundo,
ou criaturinha mal criada,
sou apenas uma criança,
que queria ser amada.

Queria poder gozar
a alegria de viver,
correr com suas crianças,
e sem fome poder crescer.

Me ajude, sou peregrino neste chão,
réu deste sistema, maldito como cão
mas sou teu irmão, não me ignores
mas, por Deus, estenda-me a tua mão.

TACCHI, Glaucio. Como eu te amo, 1998